....Das cores que não sei o nome...

Esse é um blog de textos, pensamentos, devaneios....Não esperem que esteja sempre recheado porque a dona dele vive ao sabor dos ventos...

14.5.06

malandragem é isso ai...

Risos, dança, música, carnaval. A moça comportada saiu pra festejar e só.
Mas, no meio da multidão viu um malandro e ele a tocou como a muito ninguem a tocava.Vem ele disse.Ela hesitou, peraí , não vai.Dizem que malandro tem navalha que com um corte certeiro parte aos pedaços o que toca, mentira.... Como disse um cantor, malandragem não existe mais... E ela arriscou, foi, num balé dionísio pulou as janelas do tempo pra ver se chegava antes do dia nascer. Era tarde...Navalha cortando a carne, sangrava, sozinha, na rua escura.
O malandro, continua lá, impávido, sangrando outras carnes, na malandragem, porque essa, a despeito do que pensa o poeta, não morre nunca.

17.2.06

Tarde clariciana


E foi naquele dia que entendeu o que lhe parecia ser a vida .
Ia descendo a rua as pressas....De repente um vento. Passou os dedos pelos cabelos, o andar foi se lentificando ao ponto do homem de trás quase tropeçar, tudo parado...
Então era isso... O compasso da sua vida era determinado pelo ritmo que imprimia a sua caminhada. Olhou e se viu sozinha, ninguem a lhe empurrar, nenhuma mão estendida no final do percurso como estímulo. Ela e ela, só . A vida era isso, autoria
Voltou a andar, dona de seus pés e de sua história . Sentiu uma leve brisa de fim de tarde a lhe tocar os cabelos tomou-a como companhia e seguiu em frente